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sábado, 30 de junho de 2018

A SAUDADE QUE TENHO




Por MAGNO HOLANDA

Olá, meus queridos amigos e amigas, vamos aqui falar um pouco sobre esse sentimento que nos faz grandes e pequenos, que nos enaltece e também derruba, dependendo das circunstâncias externas, internas e de como estamos lidando com isso.
Às vezes parece fácil lidar com a saudade, mas asseguro que não é, e que até mesmo os grandes homens tiveram sua queda envoltos numa saudade. Quem é que nunca teve uma saudade? Vivemos rodeados e adentrados por ela, que por vezes domina nossos pensamentos, não é mesmo?

As saudades são diversas e um mesmo indivíduo pode ter quase todas manifestadas em si, em sua psique. Ora elas são intensas, ora amenas e isso vai depender muito do estado de espírito da pessoa envolta por ela e das circunstâncias que ela vive num dado momento. A saudade pode ir, mas depois voltar, ou seja, a pessoa ter uma recaída. Há pessoas que são simplesmente viciadas na saudade, não conseguem se desprender do passado. Normalmente são pessoas mais subjetivas, sensíveis e masoquistas. Ficam remoendo o sofrimento por dias.
Todos temos saudades de muitas coisas, como já disse, mas tem uma coisa que afeta a quase todos: a saudade da infância, pois é nesse momento que vivenciamos a fantasia, as emoções mais puras, o encantatório, a magia da vida com mais intensidade, então tudo, até o monstruoso, parece ser uma aventura. Lembro-me da fome que passava e dos desafios para conseguir comida diariamente, mas ainda assim alegre no encanto daquela infância.
Temos saudade de Deus, motivo de tanta religiosidade, temos saudades de nossos EUs que se foram, temos saudades de uma ex-amor, temos saudades do amor do presente, mas que já não é o mesmo de outrora, temos saudade de nossa alma perdida, enfim temos saudade até da saudade, quando estamos frios na vida, sentindo-nos com ausência do sentimento de saudade, que é mera fuga da saudade bem presente ali em seu interior.
 Não podemos, meu caro amigo leitor, fugir de nosso tempo, das coisas que fizemos ou deixamos de fazer, dos sentimentos que fomos acometidos em algum lugar e tempo, pois esses fenômenos emocionais fazem parte de nossa história e são construtores de quem somos hoje. Viva a saudade, mas a viva com sabedoria, sem extremos melancólicos. Faça do passado parte de sua vida, assim como constrói um futuro.
 Grande abraço e fiquem com Deus

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sábado, 2 de junho de 2018

O PREÇO DO SILÊNCIO!






Por MAGNO HOLANDA    

     Olá, pessoal! Vamos pensar um pouco sobre o silêncio  e a nossa necessidade de falar. O dilema interior ou conflito interno ocorre pelo fato de sermos pura comunicação, até mesmo no silêncio, que é um grito de palavras querendo via a ser.

     Fazer silêncio ou vivê-lo sempre foi algo ruim para as pessoas, pois temos essa necessidade de comunicar, de escutar o outro falar, de falar sobre si e seu ego. Dói nas pessoas, em sua alma, quando estas precisam por algum motivo ficar caladas, havendo, claro, sempre suas exceções. Na sociedade moderna, essa carência está multiplicada. Hoje as pessoas sofrem de pensamentos acelerados, como diz o mestre Augusto Cury.
     A ausência de barulho e comunicação, que é pregada como saudável para a alma e para o corpo por religiões, muitas vezes é danosa e instrumento de tortura de si [corpo e alma]. Por vezes a falta de comunicação ou má qualidade desta, desperta manifestações interiores, em que o indivíduo começa a ouvir vozes e acontecimentos, em suas alucinações e perturbações da mente. É uma pessoa querendo ser escutada ou escutar-se.

     Em algumas religiões e/ou momentos da existência, o silêncio é cultuado como sagrado, e o é sim. Mas nem sempre, meus amigos. Às vezes ele se disfarça de bem como o diabo de anjo de luz. Vemos em muitos casos pessoas que se declaram felizes por praticar o silêncio, mas que na verdade vivem se sacrificando, se atormentando e pensando que aquele gesto é saudável, quando na verdade não o é, pois se o corpo passa a maior parte do tempo em sofrimentos, como dizer que ele é feliz. Não é, mesmo que grite dizendo ser. A experiência do silêncio deve ser singular. O meu momento de silêncio, nunca será igual ao seu. Cada um precisa entender a si e as situações em que cabem fazer ou não silêncio.

      Sabe aquela história dos extremos? Ela serve para isso também. É preciso dosar, sabe? E haverá momentos em que precisamos falar pelos cotovelos e outros em que só precisamos de puro silêncio, sim o mais puro possível. Mas sem radicalizar. Beba com moderação. Qualquer coisa, se médico deverá ser consultado. Rs.

     Vejo muitos gritando com os olhos, com os poros, sem poder falar de suas tormentas, suas angústias, então ficam ali engasgadas com aquela dor presa na garganta. É preciso falar, pôr pra fora, desabafar, nada de silenciar. É preciso pedir socorro, ajuda. Grite!  O grito da alma é uma tentativa de salvar-se.

     O silêncio pode ser luz em alguns momentos em que precisamos desestressar, desacelerar a mente, acalmar o corpo e a alma, mas ele torna-se escuro e infernal em muitos outros momentos em que queremos e precisamos mesmo falar e não podemos, pois não nos sentimos livres para isso. A pessoa que vive assim sente um dor diferente, mas profunda que outra. E lá no fundo, deseja que alguém a escute. Como não falou nada então apela para a fé num Deus piedoso e onisciente, mas quando este Deus não responde, soma-se os silêncios e a dor é agora maior.

     Fale, quando quiser falar. Fale quando quiser, se tiver liberdade para isso, mas entenda que se a situação te obriga a silenciar, tome a decisão de ser livre para falar e aguentar as consequências ou para calar acatando a ordem de silêncio da vida ou de seus atores.


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