[Não podemos nomear
Aquele que é inomeável, simplesmente porque não temos capacidades intelectuais
e linguísticas para nomeá-lo de forma precisa e nem mesmo sabemos quem ele é,
mas apenas temos ideias, sugestões, revelações, sensações ou outros fenômenos quaisquer
desse mistério universal. Então diante de nossa limitada capacidade de
compreendê-lo, sabê-lo ou mesmo de nomeá-lo precisamente, utilizamos os códigos
linguísticos, as palavras, para que possamos, por etapa de apreensão, segundo a
experiência espiritual de cada um, dar-lhe um nome ou uma caracterização, porém
sendo sabedor que aquilo é apenas um código de apreensão limitada, pois o ser
Divino é inalcançável, em sua totalidade, por nossa limitada mente humana.
Sendo, desta forma, a palavra é apenas um meio de contato com o Divino, não
sendo então o fim, que seria desta feita, idolatria da palavra ao invés de
veneração ou identificação com o ser Divino.
A essência de Deus está na
palavra que o define, mas ela, externamente não é o ser a quem define. Ela é
apenas uma direção ou apontamento para um ser mistérioso, desconhecido – a
Referência, sendo ela composta, na sua profundidade, do espírito Divino.] MAGNO
HOLANDA