Olá, minha gente! Hoje vou falar um pouco sobre a importância
da história de cada um de nós e sobre o descaso moderno que fazemos daquilo que
vivemos tão intensamente, daquilo que nos entristeceu ou nos alegrou, daquilo
que a vida nos propiciou.
Vamos lá! Nesse mundo humano infinitamente complexo há
bilhões de histórias a serem contadas e revividas por si ou por outros. Há outras
tantas que se perderam no tempo, pois foram usurpadas por outras histórias
inventadas, ou foram escondidas, camufladas, proibidas, constrangidas ou mesmo
desprezadas devido a sua insignificância. Certo é que, nesse processo de
construção de histórias, há aqueles que são protagonistas, os que são meros
participantes e os Zé Manés. Há os que vivem sua história, os que vivem a
história dos outros, e os que não vivem. Há os que passam pela vida e os que
apenas olham a vida passar. O seu tamanho e importância dentro da história ora
depende da destinação cósmica/divina, ora de suas escolhas diante das
problemáticas da vida. Ou seja, às vezes escolhemos ser grandes, às vezes somos
grandes e ponto.
O mundo moderno não oferece tempo para se pensar o passado,
para viver suas conquistas concretas e abstratas, para aprender com ele, para
revivê-lo [ de alguma forma]. A sociedade moderna não tem tempo de olhar para
trás, ela só olha para frente, para os objetivos a serem alcançados ou para
satisfazer as pressões capitalistas, pois são obcecados, fanáticos pelos
sonhos. Agora te pergunto: “Há algo de errado em sonhar?”. Claro que não! O sonho
é a energia da alma e a maior motivação da existência. O sonho é a fé viva que
impulsiona nossas ações no dia a dia, que bate forte dentro de nosso peito! Mas
não podemos experimentar os exageros das extremidades, pois o caminho do meio
sempre é mais maduro e inteligente. O remédio tomado em demasia se torna
veneno.
Não podemos focar o nosso olhar nas coisas do futuro apenas. Precisamos
olhar e viver a vida num todo, ou seja, presente passado e futuro. Mesmo que
venhamos a privilegiar um em relação a outro, não podemos abrir de nenhum
deles, pois isso causaria uma deficiência em nossa existência. O fato de
esquecer o passado nos torna imaturos/infantis e esquecidos de si mesmo, já que
somos pura história.
Precisamos de vez em quando reviver algumas experiências da
vida, nem que seja apenas para si, escondidamente, num processo psicológico
fantástico, em que as lembranças imperfeitas do passado ainda transmitem
energias marcantes. Claro que é impossível experimentar a mesma história ou
repetir a mesma situação perfeitamente, sentir as energias com as mesmas intensidades,
mas, mesmo distorcida, a história pode ser revivida, transformada e/ou
aprendida.
Uma forma interessante,
válida e importante de reviver e eternizar um pouco mais sua história/ vida/
existência é contar sua história para os outros, pois assim revive-se e
eterniza-se nos outros e nas lembranças de si ou do que já foi ou ainda do que
poderia ter sido. As pessoas, por algum motivo [entretenimento, bondade,
maldade, curiosidade] adoram ouvir histórias. Aliás, desde cedo, somos
treinados para isso quando escutamos as histórias contadas por nossos pais. Por
isso digo: conte e compartilhe um pouco de sua vida, de sua história, e
eternize-se um pouco mais, afinal, o que é o homem sem história? Porém, não
conte tudo, pois há coisas que devemos levar para o túmulo ou elas nos levarão
para ele. Cuidado para não dá armas a um inimigo. O que deve ou não contar é de
cunho pessoal. Só você sabe, acho, ou deve decidir. Triste mesmo é ver pessoas
que não têm história para contar. Como dizer que estas pessoas estão ou
estiveram vivas, se não possuem história significativa e digna de ser lembrada?
Não passe em branco na vida. Construa história! Conte história, Forrest Gump!
Enfim, minha gente, é
preciso sentir sua história, sua vida, seu pulsar do coração. É preciso ser a
história, revivê-la, recapitulá-la, apreendê-la, aprendê-la, ... mas sem se
deixar prender por ela e, especialmente, por algumas que venham a atrapalhar as
ações e vivências do presente e a construção do futuro [suas novas histórias].
Abraço, Prof. Magno
Holanda
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