... SE PEGAREM VOCÊ

Minha gente, vivemos em um mundo escuro, disfarçado e hipócrita num certo aspecto. Quero acrescentar que não utilizo o termo “hipócrita” com juízo de valor. Faça-o você, se achar interessante. Aqui o termo é neutro em si mesmo. Apenas a ação intencionada é que o desvendará. Mas quem julgará os segredos do coração. Isso é muito difícil, minha gente. Por vezes fazemos leitura totalmente errada das pessoas e dificilmente queremos admitir os nossos erros, pois queremos manter uma imagem de superioridade, não é mesmo? Por isso vivemos nos escondendo o tempo todo e o que mais mostramos na vida não passa de uma imagem montada para o paco da vida.

 Sim, inventamos toda sorte de gente, durante as experiências vividas, que na verdade não há em nós, não na essência, mas apenas na exterioridade. Mas, como em tudo que fazemos ou deixamos de fazer, em tudo que dizemos ou deixamos de dizer, informamos algo a nosso respeito, então, em meio a uma multidão de interpretações distorcidas de nosso ser, há aquela que pode ser verdadeira e que nem mesmo sabemos a esse respeito, por isso, às vezes nos pegamos de boquiaberto, pasmos com revelações proféticas de terceiros a nosso respeito. Parece que a outra pessoa está lendo algo de nossa alma que desconhecemos ou está tendo acesso a coisas que escondemos profundamente, ou por medo ou por maldade mesmo. Por mais que nos escondemos, um dia alguém poderá nos revelar... nos descobrir. O maior desejo das pessoas e suas aventuras é viver a vida sem ser descoberto. Aplaudimos, por hábito, as exterioridades das pessoas como se aquilo fosse realmente elas, na sua essência. Elas não são exatamente aquilo. Elas se tornaram aquilo, de tanto repetir aquela imagem para a sociedade.

 Então, meu caro amigo, sendo sabedor de que a vida em qualquer espécie ou tempo, transpira comunicação, revelação das mais profundas, tenha consciência que um dia alguém poderá te descobrir, te pegar, e você poderá passar a ser escravo ou fã do mesmo, pois aquele ser foi capaz de retirar-te de dentro de si. Mas, muito cuidado, pois aquele ser poderá também está te engando te apresentando um personagem que não é  você. Vemos esse processo dentro da religião e da política. O único conselho que te dou é que pacientemente tente se descobrir e procure melhorar-se sempre... devagar e sempre!

 Por MAGNO HOLANDA

A JORNADA

Há muitas pessoas extraordinárias em todas as religiões modernas e tradicionais que mantem sempre sua inquestionável postura “santa” para que os examinemos e os achemos irrepreensíveis. Neles podemos enxergar a presença de crenças tradicionais e históricas que já não conseguem sobreviver a nosso tempo atual por pertencer a outro momento da história humana. Além da presença de guardiões de mandamentos do início do mundo, temos pessoas que preferem estar voltadas a uma experiência mais marcante, carregando seus corações de amor a Deus e ao próximo e que reduz tantos dogmas religiosos. Cristo reduziu os dogmas em apenas dois.
Todos esses modelos que ostentam as cores da bandeira de suas velhas religiões ”vinho novo em odres velho”, estabelecidos a fim de apresentar uma experiência espiritual que deve ser seguida pelos demais por livre e espontânea pressão, impedindo a sua própria experiência com Deus. São meras experiências incompletas que constroem apenas uma imitação de outra pessoa e oculta a sua espiritualidade original.
Na jornada espiritual há muitas pessoas passando por provação e, a cada passo dado em seu caminho, percebe as imagens invisíveis aos olhos físicos, religiosos e míticos que poderão ajudá-las ou não a alcançar um melhoramento espiritual e um objetivo de felicidade, ou seja, o seu céu. Há também em meio a sua jornada os momentos do sagrado em que nos voltamos para a veneração de um culto interior a Deus, onde, mesmo em meio ao vale escuro do subconsciente, tentamos oferecer nossas boas atitudes e louvores, pois é desta forma que alcançaremos um lugar mais alto em relação aos demais da sociedade, estaremos trilhando em direção a Deus e a divinização.

MAGNO HOLANDA