Páginas

sábado, 24 de setembro de 2016

A IGREJA NÃO É PALANQUE POLÍTICO!



Durante essa semana, entrei em contato com diversas pessoas religiosas que reclamaram de políticos pedindo votos dentro e em frente a suas igrejas e sob orientação dos pastores "O crente que é crente tem que votar no candidato fulano de tal". Uma senhora se disse muito triste com o comportamento de seu pastor como cabo eleitoral. Muitos membros indignados. Esses membros têm razão. A igreja deve orientar os seus fiéis a votar com honestidade e amor ao próximo e não oferecer seu altar aos políticos, pois desta feita estaremos nos igualando àquela sujeira da igreja medieval. Pastor, padre ou outro líder, comprando voto? Isso causa náuseas, minha gente. Não foi para isso que Cristo nos chamou. Muitos já me chamaram para ir a suas igrejas para pedir votos (quando fui candidato e militante). Não faço isso! Nego-me a isso! devemos ir a igreja com outros propósitos. Perdoem-me se eu estiver errado, mas essa é minha fé. Não acredito na honestidade desses aproveitadores do templo de Deus. Deus abençoe a todos!
MAGNO HOLANDA

sábado, 10 de setembro de 2016

BODOCONGÓ E O DESCASO COM A NATUREZA







Caros amigos, quando criança [*não faz muito tempo, apesar de dizerem que assisti a morte de Cristo ao vivo, que fiz a leitura dos dez mandamentos antes de Moisés quebrá-lo e que carreguei as tábuas da arca de Noé], eu, juntamente com irmãos e colegas, brincávamos nessa região da alça sudoeste. Fui morador do conjunto Severino Cabral e do Dinamérica [conjunto das caixas ], divisa com as Malvinas. Mas mesmo sendo tão distante, íamos desbravar e descobrir as belezas da flora e fauna da região. Podíamos ver e contemplar ali uma mata quase virgem e, sobretudo, muitas pequenas nascentes de água doce, que davam origem a pequenos córregos de água, vindo ora da banda da fazenda do Ó, ora da fazenda onde hoje está o Hospital do Trauma de Campina Grande/PB, principalmente aquelas que se juntavam às sangrias dos açudes da fazendo do Ó, no morro de Bodocongó e da Alça sudoeste, levando, nos períodos de chuva, muitos peixes em seus leitos rasos. Lembro-me muito bem que a comunidade pescava os peixes com as mãos ou com pequenas cestas. Hoje, infelizmente, os córregos foram transformados, por uma política de destruição da natureza, em vias de esgotos. Foram atitudes pouco inteligentes, como ocupar uma área verde, destinada a ser praça, com pequena nascente, montando ali a “integração” de ônibus. Ainda há algumas pequenas nascentes ao lado do hospital do Trauma e que nem de longe são preservadas. A previsão é que sejam aterradas nos próximos meses, assim como foram os mais de 20 açudes e barreiros da região, restando apenas 2, junto a alça sudoeste.
A fauna e a flora da região eram riquíssimas, onde havia árvores frutíferas como pé de goiaba, de manga, de umbu, de caju, de jaca entre outros. A fauna era realmente incrível com pássaros e animais como o gavião, o falcão, o carcará, o urubu cabeça vermelha, periquitos, a coruja branca e campeira, o gaturão, o anum preto e o branco, rolinhas diversas, o papo de fogo, o canário da terra, galo de campina, papa capim, golado, bigode, azulão, galinha d’água, caranguejeiras diversas, cobras diversas, lagartos diversos, camaleão, teju, preás, coelhos silvestres, raposinhas, entre outros. O local dessas espécies hoje é o conjunto habitacional ou loteamentos habitados pela espécie menos inteligente: o ser humano.
A serra de Bodocongó é famosa pela sua beleza e pelo acidente de avião do comediante cearense Renato Aragão “Didi Mocó”, onde há ainda hoje uma capela à nossa Senhora no alto do morro. Do outro lado, na sudoeste, o então prefeito, cuidou em fazer o lixão, desfeito anos depois, devido ao crescimento da cidade na direção da alça. Aquele local foi uma das partes mais belas e encantadoras de Campina Grande, onde muitos pássaros faziam seus ninhos e davam voos rasantes para proteger seus filhotes. O local era uma obra de arte, com grandes árvores e campos elíseos. Demais! Mas nossas mentes políticas “brilhantes” acharam por bem por lá o lixão.
Os conjuntos que foram aglomerados de Bodocongó [Ramadinha 1 e 2, Chico Mendes, Meu sonho, Sonho meu, Mariz, Serrotão e Severino cabral] estão se tornando uma selva de pedra, sem fauna e sem flora. Atitude puramente ignorante! Somos inteligentes? Diga-me, por favor, onde estão as praças verdes com áreas de esportes e lazer que deviam existir em todos os conjuntos? Quantas praças temos nesses conjuntos? Nenhuma? É essa a resposta? Acho que há alguns espaços secos ou repleto de matos, que deveria ser praças, mas que estão largados ou sendo cedidos à empresa de ônibus. Outro dia, fui fazer uma reclamação nas redes sociais e fui criticado por aquele grupo de militantes prostitutos e que defendem apenas seu próprio bolso.

Devemos, todos nós, lutarmos por uma cidade que nos proporcione mais qualidade de vida, preservando dentro do possível um pouco do verde e de nossa fauna e flora.