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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

NÃO POSSUO MUITAS COISAS


Meus amigos leitores, o que vou tratar aqui não é problema apenas da atualidade, embora esteja infinitamente multiplicado em ralação a outros tempos. É o problema da gana, do desejo de ter cada vez mais e de qualquer forma. A sociedade moderna está atolada até o pescoço nesse tipo de vida gananciosa. Vivemos loucamente em busca de ter e achamos chato quando alguém vem falar em ser.
A ganância por poder e riquezas dominam a mente individual e coletiva da humanidade. Sempre foi assim, desde o dia em que se começam as relações humanas e a disputa por espaços neste mundo. Essa gana domina religiosos, políticos e pessoas da massa. Diga-me: você é assim?
As relações estão cada vez mais difíceis e complicadas, pois estão envoltas em poder e dinheiro. Nos casamentos, reza-se: “até que o dinheiro ou a ausência dele nos separe”. As pessoas vivem com aquele medo infernal de perder o status ou bens e terminam por perder a si mesmas. Vivem com aquele apego demasiado, angustiante, que atormenta e piora seus relacionamentos, até mesmo com Deus. Engraçado é ver pessoas superpoderosas, cheias de fé, mas quando se trata de dinheiro, trocam até de igreja para fugir dos 10%. Outros até desistem de religião com medo de ter de pagar o dízimo.
É muito difícil uma pessoa gananciosa, avarenta, que seja feliz, pois a gana por dinheiro e poder a impede de se relacionar saudavelmente com as pessoas, com a natureza e com Deus. Quem manda na mente deste ser é o dinheiro e o desejo de poder – puro ego. Esse tipo de pessoa está sempre aflita com medo de perder seus ganhos, de estar sendo enganada e pensa que as pessoas não são confiáveis. São todas interesseiras.
Outro dia, vimos pastores sonegando impostos, políticos dividindo o dinheiro roubado e em seguida agradecendo a Deus pela bênção. Outro, havia um árbitro de futebol que só iniciava as partidas de futebol após rezar sua Ave Maria, mas suas partidas de futebol já estavam negociadas. A mente das pessoas está cada vez mais enferma, duras e insensíveis. Elas estão sempre venerando o dinheiro e dando as migalhas para Deus e ao próximo.
Ser cristão não é frequentar uma religião, embora não tenha nada contra isso, mas é tentar imitar a vida de Cristo e de outros bons exemplos da humanidade, como Gandhi e Luther King. São pessoas iluminadas porque não estavam preocupadas com a morte, mas com a vida, não viviam pelos bens externos, mas pelo tesouro interior. Isso não significa que tenha de ser um pobre franciscano, mas que seu coração não deve ser preso ou possuído pelas riquezas. Tudo o que desejar deve ser conquistado com honra e dignidade para proporcionar conforto, preservação e amor.
 Não estamos aqui buscando santos, mas pessoas melhores. Não falo de religião, até porque não a tenho, mas de espiritualidade, que o fará mudar de rota, fazendo escolhas melhores para si e para o próximo. A partir dessa nova jornada, você perceberá seu coração mais pacífico, feliz e menos denso nas relações.

MAGNO HOLANDA

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domingo, 5 de fevereiro de 2017

FIM DO MUNDO!



Não, meu amigo leitor, não somos inteligentes. Nós temos a capacidade de pensar, mas poucos fazem isso. Muitos até se esforçam, outros acham que pensam, mas é puro engano, acredite. Com raras exceções, o pensamento humano é puramente animal e, que me perdoem os animais pela infeliz comparação. Eles não são destrutivos como nós somos. Os humanos que acham que pensam, mas não pensam. São como aqueles seres do mito da caverna de Platão. Você já deve ter ouvido falar, se não, vá procurar porque vale a pena e se não for, talvez seja por incapacidade de fazer boas escolhas ou por que se inclui entre os não pensantes.

É muito engano achar que a faculdade de pensar nos tornou especiais e mais inteligentes que os animais e o restante da natureza, mas nos torna “burros”, ignorantes e infantis. Somos tão ignorantes que destruímos o nosso próprio lar. Eu até brinco que se os homens fossem morar no céu, tornariam lá o inferno. Se fossem pro inferno, atormentariam o Diabo.
O engraçado é que não somos capazes de cuidar de nossa casa [corpo e planeta] e vivemos à procura de planetas habitáveis. Qual a finalidade de tudo isso? Somos nossos próprios demônios autodestruidores, nossos ET´s e só seremos diferentes quando deixarmos a luz do bem e da sabedoria penetrar nosso ser profundamente. Do contrário seremos sempre babacas.

Finalizo aqui assegurando a todos que o mundo não se acabará nem tão cedo, mas nós sim, muito brevemente, e parece-me que antes de partir deixaremos um estrago por aqui e a natureza está disposta a pagar esse preço, desde que se livre da peste destruidora deste planeta: o homem.
 MAGNO HOLANDA

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