Um dia surgiu na lá... como uma luz simples... um sol poente,... belo, mas ainda sem aquela forma do sol nascente...
Ela, anjo puramente humano, porém mais divina que muitos anjos de Deus, quase todos os dias passava por Mithiel, o anjo, com seu olhar sempre brilhante e lunar... com um sorriso bem endereçado. Para ele? Não sei, mas que se percebia que alguma coisa mexia-se em seu interior. Mithiel nunca demonstrou para si e nem para... Ana, mas era tocado pela áurea dela...
Aquela cadeira, uma das primeiras, onde ela sentava era diferente... mas de repente Ana sumia... e ressurgia... até o dia em que a menina anjo estava para dar a luz... Ana foi-se... Foi brilhar em algum outro lugar, fora iluminar outros corações...
... a vida do lado de cá já não era a mesma. Quando ela estava presente, Mithiel era branco, quando sumia, ele tornava-se gótico... um simples Corvo...
Ah... meu caro Mithiel, você andara por tantos caminhos... subia aos céus e descia de novo, aproximava-se de Deus e depois se unia aos humanos... encarnava em muitos corações, se eternizou em muitos deles e eternizou muitas pessoas também. Até que conheceu uma força arrebatadora, iluminada como Ana, muito igual, mas sua luz não era tão pura como a dela. Mithiel perdeu muito de sua força... ficara até desfalecido...
... de repente surgi... Ana... tempos depois com o mesmo olhar brilhante, encantador e puro... com um sorriso que desperta os sonhos adormecidos... mas apenas sonhos... ‘distantes’, mas sonhos..., possíveis? Mithiel ficara iluminado como nunca antes... sonhador... estático diante da vida... tivera a alma agora roubada por aquela que hoje se tornou um sol em seu esplendor... Mithiel, anjo sem alma... que talvez seja ressuscitado pela alma de Ana quando ambos se tornarem apenas um...
MAGNO HOLANDA
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