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sábado, 28 de novembro de 2015

AS ENERGIAS DA ALMA


As energias dos universos são múltiplas... infinitas e carregadas de níveis de inteligência e comunicação. A matéria também é uma energia. Sim, uma concentração de energias densas que se organizam na formação de um corpo.
Tudo é corpo.  Não importa a forma e o tempo, tudo é e sempre será corpo que se transforma dentro do tempo. Todas as energias se interligam com outras energias para formar um corpo ou mesmo para transformá-lo. Talvez existam energias que só formem um corpo, ínfimo e pouco interessante do ponto de vista humano.
O corpo humano é uma variante diferente do restante da natureza, terrestre, pois traz consigo energias mais inteligentes que as demais, aqui conhecidas. Ou seja, essas energias, chamamos de alma ou espírito. Elas vivem no espaço cósmico, podendo estar em diversos lugares {não em todos, a não ser que seja a Energia Suprema}, estando livres ou presas, podendo experimentar as duas situações ao mesmo tempo.

Uma energia inteligente e eterna, a alma, pode estar presa a um corpo, um sentimento ou mesmo a sua própria liberdade, mas ela também pode viver fora do corpo, sem corpo e ainda assim estar viva e atuante. Essas energias, almas, estão carregadas de outras tantas forças energéticas adquiridas em seu processo de existência, dentro e fora dos corpos, mas sempre ligadas a eles de alguma forma. Portanto, uma pessoa, enquanto energia cósmica – alma, pode não se lembrar do que viveu em outros estágios ou estados, mas terá algumas reminiscência ou sensações delas.


MAGNO HOLANDA


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sábado, 21 de novembro de 2015

IDOLATRIA NOSSA DE CADA DIA





Olá pessoal! Ótimo momento de reflexão a todos!
Bem, hoje vamos falar a respeito dos relacionamentos idólatras que construímos em nosso dia a dia. Mas não especificamente hoje, pois o fazemos desde os tempos antigos.
Durante a história da humanidade, a partir do momento em que começamos a nos relacionar com o outro [tendo consciência disso], seja Deus, coisas, forças ou a natureza, então passamos a agregar nesse relacionamento certo grau de posse de algo e, consequentemente, nos prendermos àquilo que temos em mãos. É a posse da mulher com exclusividade [hoje vice-versa na maioria das culturas atuais], é a apegação aos bens materiais ou mesmo do próprio Deus. Nossos relacionamentos têm sido construídos em cima de posse e veneração e idolatria.
Vimos, com o advento do monoteísmo, o Deus principal querendo exclusividade em sua veneração. Nos mandamentos cristãos e de outras religiões monoteístas está o mandamento de não venerar outros deuses. Mas as pessoas em suas inquietudes sempre veneravam outros deuses, causando ciúmes e revoltas no Deus principal. Que, por vezes, vingava-se através das ações da natureza ou de fenômenos psicológicos humanos, individuais ou coletivos. Isso parece muito com as ações dos relacionamentos conjugais atuais em que dizemos “nosso Deus” e ele nos chama de “seu povo”, em que também não aceitamos certas traições - idolatria. A esse tipo de relacionamento não pode haver troca ou substituição. Isso seria traição. Claro que estamos aqui tratando de como se dá o relacionamento do conceito Deus [Não de Deus, pois não o conhecemos] com os homens, seus criadores.
Por vezes, os homens trocavam o Deus maior por oura divindade menor a qual ele se identificava melhor, por ser uma divindade de uma área específica, tipo o Deus do amor, do trovão, do sol, da bebedeira, deus curador, entre outros. Então havia uma troca de um deus por outro que seria ou apresentava-se mais interessante para aquele indivíduo ou povo. Mas também acontecia deles trocarem o mesmo deus. Não entendeu? Eles, não se contentando com a abstração conceitual de fé de Deus, fabricavam uma escultura para representá-lo materialmente. É a necessidade humana de apalpar, de extrair a coisa do mundo espiritual para o material. Tipo sair de um amor platônico para uma realidade mais próxima. Deus, o conceito, ficava furioso “não farás imagens”.
Hoje fazemos isso? Sim, claro! Através dos santos e das projeções mentais de Deus. No catolicismo, por exemplo, Deus, o conceito, aceitou tais relações e vive em harmonia com estes seres venerados em escala menores. Cristo já dizia: “dai honra a quem tem honra”. Mas no protestantismo evangélico, seu Deus é revoltoso com tais situações, não abrindo mão de sua exclusiva adoração e veneração total. Mas precisamos abrir uma ressalva para as venerações inconsciente a cantores e pregadores, em que Deus fica em segundo plano.
O problema das venerações e idolatrias é que sempre estamos envolvidos com elas, seja através da veneração de grandes homens, esculturas ou mesmo imagens mentais. Sim, por exemplo, no meio protestante, fabrica-se toda sorte de Deus mental. Em cada esquina há uma igreja com uma imagem de Deus diferente, em cada membro dessas comunidades há uma imagem de Deus diferente, de sorte que, de alguma forma, estamos sendo monoteístas, enquanto indivíduos, e politeístas enquanto coletivo. Idolatria aceitável?
O mais interessante nesse transe mental dos conceitos do divino Ser é que as imagens projetadas dele também querem exclusividade, sendo no processo cotidiano ciumento, ou seja, uma imagem, que não é Deus [é apenas uma projeção dele] com ciúmes de outro ser que também é apenas imagem. Quem está furando o olho de quem? Rs! Parece que a humanidade bebeu do vinho de Baco! Bêbados idólatras! Condenados? Claro que não! Isso faz parte da construção e autoconhecimento do próprio humano.
 O problema se agrava quando resulta da idolatria danos à humanidade ou mesmo a natureza, tipo guerras, dissenções e sectarismos exagerados. Não dá pra aceitar as brigas religiosas na Irlanda, as cruzadas cristãs no passado, os desrespeitos religiosos atuais, entre outras consequências.
... mas vamos aqui continuar com nosso tema.  A nossa idolatria não se detém no campo do divino ser ou de alguma espiritualidade, pois nos apegamos também às coisas ou pessoas que possuímos. Traímos os nossos relacionamentos humanos e sociais pela gana por bens materiais. Na sociedade moderna, veneramos os bens, as riquezas ou mesmo como diria o Cristo: “mamom” – deus da riqueza. Mas Cristo nos alertou que não poderíamos servir a Deus [o bem, a luz, o contrato social, o amor] e a mamom. Destruímos a na natureza e o planeta em nome de nossa gana por ter cada vez mais, por ser dominado, escravos pela necessidade de ter mais que o outro. Colocamo-nos como escravos e veneradores das riquezas e de nosso próprio ego. Devemos claro lutar pelos bens, conquistas e confortos, mas não fazê-los senhores de nossas vidas. Não podemos venerar nosso teres, mas nossas formas de ser. Quantas pessoas deixam de viver uma vida familiar, brigam com amigos, largam todos os laços sociais verdadeiros e sadios para se esconderem num relacionamento com o dinheiro e, viverem uma hipocrisia de si através dos bens. Sabe aquele assunto da escultura dos deuses? Fazemos isso com as pessoas também, pois as transformamos ou mesmo nos transformamos em coisas para se venerar ou ter. São nossos objetos de veneração ou onde colocamos as nossas misérias espirituais. As mulheres, no mundo moderno, se colocam no mercado para serem consumidas como se fossem objetos, coisas dos homens. Olhe os jogadores de futebol que compram belas mulheres. Inveja? Talvez!

 O importante é que as pessoas busquem se autoconhecer em cada relacionamento construído, procurando ser melhor a cada momento que vive e mudar sempre que for necessário para não causar danos ou sofrimento a si e ao outro.

 MAGNO HOLANDA


sábado, 7 de novembro de 2015

DESEJO DE SER IMPORTANTE




Olá pessoal!
Bem, observe a natureza, vaidosa, esplendorosa, egoísta! Sim, não é apenas o ser humano que é vaidoso. Tudo na existência é pura vaidade. Porém, aquilo que difere no ser humano é a sua consciência da existência e seu descontrole espiritual.
 Como bem disse o Salomão: “tudo debaixo do sol é vaidade”. Vivemos sempre em função de nossos caprichos e vaidades. Ora de forma mais leve, ora tão intensa que a vida se torna danosa a si e a humanidade ou até mesmo ao planeta. Não há como escapar da vaidade. Se você for o mais humilde ou o mais nobre, não importa, sempre haverá a vaidade de ser em você. Outro lado, oposto, são as pessoas depressivas, ou com outras doenças mentais parecidas, pois normalmente elas têm perdido essa capacidade de envaidecer-se. Há alguma ação errada em ser vaidoso? De forma alguma, desde que haja controle, não prejudicando a si e ao outro [entenda-se o outro, como tudo que está ao seu redor ou tudo que existe].
O nosso ego luta para dominar o nosso ser, porém devemos dar importância a suas carências sem deixar-se dominar por ele e suas loucuras demasiadas. Faz parte da existência, querer ser elogiado. Tudo o que fazemos para o bem ou para o mal [do ponto de vista de si ou do outro. Por vezes aquilo que julgo certo o outro julga diferente.] tem esse objetivo de alcançar aplausos. Todos queremos que as pessoas se encantem e se admirem com aquilo que fazemos. Talvez você queira pensar diferente quando lembra de pessoas como Hitler, Bin Laden entre outras pessoas do mal. Mas está enganado, pois até mesmo aquele ladrãozinho de galinhas de seu quintal quer obter poder e respeito, quer que as pessoas o percebam e o admirem, pelo que faz ou conquista. O que diferencia as pessoas é o espaço e a dominação do ego.
Sabe, até mesmo o divino ser, conceito de Deus, deseja ser aplaudido. Vemos isso em todas as religiões tradicionais em que Deus criou o homem para ter quem possa adorá-lo, venerá-lo. Enfim, de Deus ao diabo, todos desejamos ser apreciados, observados e aplaudidos. Por isso a necessidade tão importante de elogiar as pessoas. É a consciência de si ou mesmo cósmica que sente essa necessidade de ser importante. Daí você vê toda sorte de gente querendo aparecer, desde aquelas pessoas que fazem coisas ridículas nas redes sociais, passando por aquelas que vendem seu corpo e até mesmo aquele cristãozinho simples de uma igrejinha de dez membros num bairro distante, sim, todos com a necessidade de mostrar seu heroísmo e suas capacidades de ser diferente.
A mensagem mais forte da humanidade é a mensagem cristã e do próprio Cristo em que desvaloriza os poderosos e valoriza os pequenos [a maioria]. Não sei se intencional, mas foi a tática certa para a permanência e ampliação do cristianismo. Dizer para as pessoas, desrespeitadas pelos demais, que elas são importante e que Deus, o todo poderoso, o maior de todos, está observando a vida delas e as escolhendo para uma missão importante foi um ato fantástico. Isso foi incrível para a mente deles! “Eu sou um privilegiado!”, pensaram. Na mitologia, só as grandes almas da humanidade eram consideradas como semideus, ou seja, filho de Deus, em que normalmente um Deus/deusa se relacionava com um humano e daí resultava esse ser importante. Com a mensagem cristã, essa característica foi oportunizada a todos que seguissem a Cristo. Ou seja, aqueles que aceitassem a Cristo passariam ao status de filho de Deus. Olha que chique. Ontem você era um Zé ninguém. Hoje é o filho de Deus. Isso para a alma humana é esplendoroso.
 Na verdade, há poderes divinos em nossa alma, tão semelhantes a Deus. Nós somos um retrato de Deus. Então temos que desenvolvermos as nossas habilidades e nossos dons através da fé e determinação nas práticas diárias, fazendo sempre o melhor para sermos melhores do que éramos antes e, assim seremos capazes de sermos melhores que outros. Mas isso não significa que somos filhos de Deus ou grandes homens da humanidade. Sim, significa, mas apenas dentro dessa mensagem cristã. Mas num contexto histórico-cultural da humanidade, seremos grandes se formos escolhidos por Deus para isso e se desenvolvermos essa vocação divina. Não adianta Deus escolher você se você o rejeita. Certo é que essa força predestinativa fará o possível para que seus propósitos sejam cumpridos, porém, como a mente humana é racional e possui a capacidade de escolhas, então há, de certa forma, uma interferência nessa missão, dependendo da grandeza da alma. Assim também pessoas que não possuem tal chamada, pela determinação poderão ser muito maiores do que deveriam ser, ultrapassando os limites de sua missão na vida.
 Isso tudo gira em torno da vaidade humana. A alma é inquieta e, nessa inquietude, ela é capaz de tudo. Em busca de reconhecimento e aplausos ou mesmo uma simples atenção, as pessoas buscam desenfreadamente bens materiais, cargos e ações que despertem o olhar do outro para si. As pessoas lutam para mostrar quão capazes e privilegiadas são. Obter um cargo social ou mesmo conquistar uma pessoa com status ou poder financeiro, sensualizar ou se intelectualizar, fazer o bem ou o mal, sempre em busca de aplausos.
 A sociedade ainda é imatura para administrar seus desequilíbrios espirituais ou mentais. Ela não sabe lidar com isso e, na maioria dos casos nem mesmo reconhece isso como problema. Que de fato não é, mas passa a ser quando destrutivo ou autodestrutivo. Daí você pode pegar como exemplo os crimes cometidos de toda sorte, desde o político canalha até o ladrão ali da esquina. Todos buscam algum tipo de poder, consequentemente aplausos ou reconhecimento social. Todos querem ser heróis. Isso está na alma humana. Mas é preciso administrar isso. Não usar a vaidade ou usá-la demasiadamente é doença e muito prejudicial a si e ao outro também.
 Siga, por exemplo, Cristo, Dalai Lama, Gandhi, Buda, entre outros que tinham sua vaidade inflamada, mas sempre voltada para o bem de si e da humanidade. Não há felicidade completa se tua vaidade te conduz para caminhos escuros. Então, seja sensual, conquistadora, inteligente, espiritual, seja o que for, líder de igreja ou de empresa, presidente de grupos sociais ou políticos, faça a coisa acontecer, mostre seus valores, suas capacidades, seus poderes, mas com honestidade, autoconhecimento e autodomínio, sem causar danos maiores a si e ao outro, que é uma extensão de você mesma.

 MAGNO HOLANDA