Olá pessoal! Ótimo
momento de reflexão a todos!
Bem, hoje vamos falar
a respeito dos relacionamentos idólatras que construímos em nosso dia a dia. Mas
não especificamente hoje, pois o fazemos desde os tempos antigos.
Durante a história da
humanidade, a partir do momento em que começamos a nos relacionar com o outro
[tendo consciência disso], seja Deus, coisas, forças ou a natureza, então
passamos a agregar nesse relacionamento certo grau de posse de algo e,
consequentemente, nos prendermos àquilo que temos em mãos. É a posse da mulher
com exclusividade [hoje vice-versa na maioria das culturas atuais], é a
apegação aos bens materiais ou mesmo do próprio Deus. Nossos relacionamentos têm
sido construídos em cima de posse e veneração e idolatria.
Vimos, com o advento
do monoteísmo, o Deus principal querendo exclusividade em sua veneração. Nos mandamentos
cristãos e de outras religiões monoteístas está o mandamento de não venerar
outros deuses. Mas as pessoas em suas inquietudes sempre veneravam outros
deuses, causando ciúmes e revoltas no Deus principal. Que, por vezes, vingava-se
através das ações da natureza ou de fenômenos psicológicos humanos, individuais
ou coletivos. Isso parece muito com as ações dos relacionamentos conjugais
atuais em que dizemos “nosso Deus” e ele nos chama de “seu povo”, em que também
não aceitamos certas traições - idolatria. A esse tipo de relacionamento não
pode haver troca ou substituição. Isso seria traição. Claro que estamos aqui
tratando de como se dá o relacionamento do conceito Deus [Não de Deus, pois não
o conhecemos] com os homens, seus criadores.
Por vezes, os homens
trocavam o Deus maior por oura divindade menor a qual ele se identificava
melhor, por ser uma divindade de uma área específica, tipo o Deus do amor, do
trovão, do sol, da bebedeira, deus curador, entre outros. Então havia uma troca
de um deus por outro que seria ou apresentava-se mais interessante para aquele
indivíduo ou povo. Mas também acontecia deles trocarem o mesmo deus. Não entendeu?
Eles, não se contentando com a abstração conceitual de fé de Deus, fabricavam
uma escultura para representá-lo materialmente. É a necessidade humana de
apalpar, de extrair a coisa do mundo espiritual para o material. Tipo sair de
um amor platônico para uma realidade mais próxima. Deus, o conceito, ficava
furioso “não farás imagens”.
Hoje fazemos isso? Sim,
claro! Através dos santos e das projeções mentais de Deus. No catolicismo, por
exemplo, Deus, o conceito, aceitou tais relações e vive em harmonia com estes
seres venerados em escala menores. Cristo já dizia: “dai honra a quem tem honra”.
Mas no protestantismo evangélico, seu Deus é revoltoso com tais situações, não
abrindo mão de sua exclusiva adoração e veneração total. Mas precisamos abrir
uma ressalva para as venerações inconsciente a cantores e pregadores, em que
Deus fica em segundo plano.
O problema das
venerações e idolatrias é que sempre estamos envolvidos com elas, seja através
da veneração de grandes homens, esculturas ou mesmo imagens mentais. Sim, por
exemplo, no meio protestante, fabrica-se toda sorte de Deus mental. Em cada
esquina há uma igreja com uma imagem de Deus diferente, em cada membro dessas comunidades
há uma imagem de Deus diferente, de sorte que, de alguma forma, estamos sendo
monoteístas, enquanto indivíduos, e politeístas enquanto coletivo. Idolatria aceitável?
O mais interessante
nesse transe mental dos conceitos do divino Ser é que as imagens projetadas
dele também querem exclusividade, sendo no processo cotidiano ciumento, ou seja,
uma imagem, que não é Deus [é apenas uma projeção dele] com ciúmes de outro ser
que também é apenas imagem. Quem está furando o olho de quem? Rs! Parece que a
humanidade bebeu do vinho de Baco! Bêbados idólatras! Condenados? Claro que não!
Isso faz parte da construção e autoconhecimento do próprio humano.
O problema se agrava quando resulta da
idolatria danos à humanidade ou mesmo a natureza, tipo guerras, dissenções e
sectarismos exagerados. Não dá pra aceitar as brigas religiosas na Irlanda, as
cruzadas cristãs no passado, os desrespeitos religiosos atuais, entre outras
consequências.
... mas vamos aqui
continuar com nosso tema. A nossa
idolatria não se detém no campo do divino ser ou de alguma espiritualidade,
pois nos apegamos também às coisas ou pessoas que possuímos. Traímos os nossos
relacionamentos humanos e sociais pela gana por bens materiais. Na sociedade
moderna, veneramos os bens, as riquezas ou mesmo como diria o Cristo: “mamom” –
deus da riqueza. Mas Cristo nos alertou que não poderíamos servir a Deus [o
bem, a luz, o contrato social, o amor] e a mamom. Destruímos a na natureza e o planeta em nome de nossa gana por ter cada vez mais, por ser dominado, escravos pela necessidade de ter mais que o outro. Colocamo-nos como escravos e veneradores das riquezas e de nosso próprio ego. Devemos claro lutar pelos
bens, conquistas e confortos, mas não fazê-los senhores de nossas vidas. Não podemos
venerar nosso teres, mas nossas formas de ser. Quantas pessoas deixam de viver
uma vida familiar, brigam com amigos, largam todos os laços sociais verdadeiros
e sadios para se esconderem num relacionamento com o dinheiro e, viverem uma
hipocrisia de si através dos bens. Sabe aquele assunto da escultura dos deuses?
Fazemos isso com as pessoas também, pois as transformamos ou mesmo nos
transformamos em coisas para se venerar ou ter. São nossos objetos de veneração
ou onde colocamos as nossas misérias espirituais. As mulheres, no mundo
moderno, se colocam no mercado para serem consumidas como se fossem objetos,
coisas dos homens. Olhe os jogadores de futebol que compram belas mulheres. Inveja?
Talvez!
O importante é que as pessoas busquem se
autoconhecer em cada relacionamento construído, procurando ser melhor a cada
momento que vive e mudar sempre que for necessário para não causar danos ou
sofrimento a si e ao outro.
MAGNO HOLANDA
Bom estudo e colocação. Cumprimentos do xadrezdinobueno.blogspot.com e demais páginas que atravessam fronteiras secas e oceânicas...
ResponderExcluirIndico esse blog fantástico xadrezdinobueno.blogspot.com.
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