.... meu caro amigo leitor, a eternidade não é eterna como
muitos propõem e propagam. Ela é eterna em si mesma, na sua profundidade e essência,
mas não é fora de si, pois, em sua exterioridade, a eternidade é um tempo
limitado por outro tempo eterno, ou seja, por outra eternidade. Cada tempo
eterno está envolto e penetrado dentro de outra eternidade maior e assim por
diante. Aonde isso vai desaguar.....................................?..... na
eternidade!
Sempre, ....eternamente..., digo que ninguém e nada é eterno
e é ao mesmo tempo. Calma amigo, pois já explico! Dentro da forma particular em
que existe nada é eterno, pois, tudo, todas as formas estão em constante transformação,
dentro e fora de si. É o que chamamos de morte/vida. Tudo, seja abstrato ou
concreto, físico ou espiritual, está em constante agregação e desagregação, ora
rapidamente, ora lentamente, quase imperceptível. Por exemplo, podemos citar
aquele jargão “aquilo que fui não sou mais”.
Ao mesmo tempo em que essas formas, transformadas, desfeitas a
todo o momento, em seu eterno processo transformacional, somem, também
reaparecem em junção com outros, assumindo novas formas no tempo, ou seja, se
tornam eternas e múltiplas, se perdendo e se encontrando em outras formas com o
tempo, sumindo na eternidade, mas... permanecendo eternas em outras formas e
lugares...!
Minha gente, essências são mais eternas, mitos são eternos,,,
grandes pessoas do bem e do mal se eternizam pelo que fazem e pelo que são e
variam cada eternidade experimentada por eles, seus seguidores, ou mesmo observadores.....! Então, algumas
pessoas são, no processo da vida e do tempo, mais eternas que outras, enquanto
isso algumas são tão finitas que parecem não ter passado pela vida – vivem de
forma insignificante!
Já ouvi muitos dizerem “Deus é eterno”! Você já deve ter
ouvido isso também, não é mesmo? Eu concordo!
Deus é mesmo eterno e pode ser ele mesmo a eternidade, porém Deus não é o tempo
e, por não ser o tempo, Deus é a eternidade dentro de outra eternidade, que
também é Deus. Deus, seja conceito ou o si mesmo, está se transformando e sendo
transformado pelo tempo, adequado dentro do tempo eterno. De sorte que nem o
conceito de Deus e nem Deus em si mesmo são eternos, pois a cada milésimo de
segundo, de tempo, assim como todos os seres que compõem a vida, morrem e vivem,
perdem-se e encontram-se, autoconsomem-se para viver. No processo histórico
cultural, Elohim não é igual a Jeová, que também difere do Pai apresentado pro
Cristo, que também é totalmente diferente das múltiplas divindades do período
escuro da idade média, assim também dos dias atuais. Os conceitos de Deus vão
sofrendo desgastes com o tempo, vão sendo transformados dentro do tempo, mas...
estamos falando da mesma pessoa, que já não é a mesma! Entende isso?
Dentro de sua eternidade, Deus, amigo, é eterno e, dentro de
todas as coisas, ele é paradoxal, pois é o mais mutável e mais eterno de todos
os seres e, como se diz na música “que seja eterno enquanto dure”. Para finalizar
apenas digo, meu amigo: “se eternize e não passe em branco na vida, tornando-se
um imitador de Deus”.
Por MAGNO HOLANDA
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