Todas as relações precisam ter uma base sadia, devem estar
voltadas para o interesse de ambos os indivíduos. Nenhuma relação será sadia se
houver envolvimento apenas de parte daqueles que estão envolvidos nesse
relacionamento. Para que uma relação seja sadia, de fato, ambos precisam viver
em função dela.
Nenhuma relação poderá ser sadia se dentro dela acontece claramente
o jogo de poder, onde um dos cônjuges está sempre na tentativa de dominar a
outra parte, escravizar ao outro. Essa relação tem alguma chance de ser sadia
ou mesmo de promover felicidade para alguém? Claro que não! Se uma parte
encontra-se satisfeita por dominar a relação, a outra não, porque existe esse
outro que não está satisfeito em ter se tornado escravo, de estar como um
pássaro engaiolado.
Um relacionamento não
pode ser prisão. Na maioria dos casos, em que assim acontece, as pessoas cantam
as suas infelicidades, as pessoas estão ali porque estão acostumadas, não tem
para onde ir... porque tem um filho, por medo ou por qualquer outra situação. Elas
não estão no casamento porque estão vivendo espontaneamente para aquela relação,
porque espontaneamente elas se entregam e lançam seus sentimentos sobre o
outro.
Quando numa relação existe esse jogo de poder, isso significa
que a poesia que existe na relação está perdendo seu encanto. Está perdendo sua
magia, porque a forma como o indivíduo escravo passa a olhar para o outro,
dominador, já não é aquele mesmo olhar de outrora em que ambos se olhavam de
igual para igual unidos pelo mesmo sentimento, que é o sentimento de amor.
Meu amigo, se você
pretende ter uma relação sadia, coisa necessário para ambos, então você não
deve focar em si mesmo e nem no outro, mas por seu foco na relação.
A questão do domínio, do jogo de poder, é mera manifestação do ego de cada um. Isso faz
parte da natureza humana. Todos temos o nosso ego que quer prevalecer sobre o
corpo de si e o corpo do outro com o qual nos relacionamos. Mas mesmo
entendendo a naturalidade desse processo interior, é preciso que ambos os
indivíduos participantes da relação tenham a consciência de si e que tenham a
consciência das manifestações de seus egos para a partir da consciência de si
mesmo, cada um possa ter consciência da relação, porque a sua relação com seu
cônjuge só será sadia a partir do momento em que sua relação consigo mesmo seja
sadia.
Meu amigo, digo para
você que é importante olhar para dentro de si mesmo e focar na consciência de
si e de seus atos, na consciência das manifestações de seu ego para que os
acontecimentos externos ou os processos interiores ou espirituais não interfiram
negativamente e não atrapalhem seu relacionamento e que assim você esteja acima
de seus processo espirituais de forma consciente, podendo então tomar as decisões
corretas, espontâneas e sadias para seu relacionamento, sempre em busca de
permitir prevalecer a relação, ao invés do outro ou de si mesmo.
Abraço e que Deus nos
abençoe, sempre!
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