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quarta-feira, 9 de março de 2011

A imortalidade

Ser imortal é ser participante de uma eternidade dentro de seu coração e das mentes que te veneram e te fazem permanecer para sempre em suas lembranças. É a consciência de que o teu ser é e sempre será eterno, em matéria, não na forma, e poderá ser também em espírito encarnado na memória e influência sobre a vida de alguém. Poderá permanecer também eternamente vivo de forma inconsciente como participante da construção da própria vida. Essa coisa da eternidade difere em muito da sobrevivência que é tão buscada no dia a dia e em um futuro próximo através do processo religioso. Quando você sobrevive, apenas ultrapassa um processo doloroso, mas quando você vive a eternidade, então você não apenas ultrapassa as adversidades da existência, mas de forma equilibrada consegue experimentá-las e sentir prazer, tendo consciência de que tanto o bem quanto o mal fazem parte de nossa vida. Viver os sentimentos de nossa existência torna-se bem melhor quando temos uma ligação com Deus e com o nosso semelhante, quando vemos e percebemos o nosso ser em outro ser qualquer, quando percebemos que não há um céu lá distante, mas que reside aqui e agora e podemos experimentar essa eternidade no amor a vida como um todo. Tudo o que precisamos para viver a eternidade seja no céu ou no inferno, temos a nossa disposição, mas o caminho que leva a eternidade não é, ou não precisa necessariamente ser, de experimentação religiosa. Precisamos tão somente nos identificar com Deus e com o nosso próximo, enfrentar as tempestades e as calmarias da vida sem alterar o comportamento. Quando perguntado sobre para onde vai a alma quando o corpo morre, o sutra diamante responde: “ não há necessidade de que ela vá a lugar algum”, porque a alma não precisa se deslocar para viver uma experiência boa ou má fora de nossa realidade, mas experimenta-a dentro de nosso ser, no coração, onde Deus reside...



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