Olá!, Meu caro amigo leitor! Hoje trataremos sobre aquilo que está por trás
de nossas ações ou comunicações, ou seja, sobre o que há em nosso coração.
Desejo uma boa leitura e bons pensamentos ao amigo. Se gostar, por favor, comente
ou compartilhe.
“A boca fala daquilo que está cheio o
coração”, esse é um provérbio bíblico, mas também um dito popular. Quem é que
nunca ouviu falar nele? Crescemos ouvindo em nosso dia a dia. Mas, vamos pensar
um pouco, por favor! Será que falamos sempre daquilo que o coração está
repleto? Será que não utilizamos do plano das expressões e das ações teatrais
para camuflar o que há de fato dentro de nós ou mesmo para evitar que as
pessoas descubram quem somos antes de nós mesmos?
Na verdade, o dito, na sua
superficialidade, aponta para uma necessidade de ter o coração cheio de alguma
coisa, nem que seja do vazio, para que assim, incontrolavelmente, expormos esse
algo que há dentro. Isso é a velha metáfora do transbordamento. Nessa metáfora,
o ser humano é comparado a um vaso que transborda daquilo que está dentro. Por exemplo,
quanto mais você escutar a música de Raul Seixas mais cheio dele estará, quanto
mais ler sobre Cristo, quanto mais imitá-lo no amor mais cheio dele estará. O contato
contínuo tornará você cheio daquilo. É uma questão de relação em que o outro o
afeta enchendo-o de si. Observe que as pessoas que amam a natureza ou têm
contato com ela ou a contempla de alguma forma, lutam por ela. Observe os
amigos, as tribos, os familiares. Todos eles se imitam, estão cheios um do
outro.
Ainda na sua superficialidade, mas agora
vou contrariar o dito, nega-se a necessidade de se estar cheio do que
expressamos nas palavras, ações ou omissões. Pois somos capazes de camuflar o
que há dentro de nós ou até mesmo a ausência de algo. É o Judas que traiu o
Cristo! É mentir ou omitir algo para se beneficiar ou mesmo evitar alguma
tragédia. Então, nem sempre expressamos o que há dentro de nós. Certo? Você teria
coragem disso? Cuidado, pois a coisa pode feder. Muita gente perde emprego,
namorada, entre outros, por causa de seu sincericídio.
Mas, na profundidade do provérbio, tenho
que concordar com ele e jamais contrariá-lo, pois o dito está profundamente correto.
Só falamos sobre o que há dentro de nós, seja no plano do conteúdo, do
significado ou mesmo das intenções. Esse algo que está dentro é que impulsiona
os movimentos e manifestações da vida e das palavras. Mesmo quando dizemos algo
enganoso, ainda assim estamos falando sobre nós, sobre nossa alma e nossa
consciência. Talvez não seja o conteúdo comunicado que esteja dentro de você,
mas o significado e, mais profundamente, a intencionalidade, sendo esta, por
vezes, inconsciente ao comunicador de si. Pois se numa comunicação temos a intenção
de enganar, para o mal do outro, então nosso coração estará cheio de maldade e
engano. Vemos isso constantemente nos discursos políticos em que mostram quem
não são apenas para enganar a população. Não há bondade alguma dentro dos
caras. Só querem manipular as pessoas. A maioria não suporta abraçar velhinhos
ou filho de pobre, mas precisam fazer isso, pois eles têm a preocupação de
manter uma imagem de que dentro deles são pessoas que amam o povo, quando na
verdade não estão interessados no bem social. Você já utilizou dessa tática
alguma vez? Olhe, cuidado com a resposta! Seja honesto e sincero consigo mesmo.
Outro exemplo a ser citado é das pessoas que falam demais. Elas quase se
engasgam com as palavras. Falta-lhes freio. Elas não estão comunicando o que
sai de suas bocas, mas que estão densas de energias que impulsionam seus ditos.
São pessoas que normalmente são inquietas em algum grau, angustiadas, depressivas
ansiosas ou outras quaisquer. Você já deve ter se esbarrado com alguma pessoa
assim na sua vizinhança.
Voltando ao assunto da comunicação de
si, não fale abertamente e diretamente sobre si o tempo todo, mesmo que profundamente
sempre o façamos. Evite tematizar apenas a tua vida. As pessoas querem ouvir
você falando de outras coisas. Elas estão na expectativa de que haja algo
diferente ali dentro de você, além de seu Ego. É chato quando encontramos
alguém que só fala de si. Parece até que a vida gira em torno dele. Também insistir
desvairadamente sobre um tema não é bacana e agradável. Amplie seu repertório,
por favor! Sei que seu coração está inflamado com tal conteúdo, mas, poxa,
contenha-se! Tente dar uma equilibrada nisso. Ser equilibrado na sua
comunicação não significa que não esteja vivendo intensamente a chama acesa em
teu peito, mas apenas que não está se tornando um fanático e dominado pela
ideia. Por exemplo, podemos citar aquelas pessoas que querem nos converter a
força, aqueles que querem que nossa vida seja como deles e nossos pensamentos
sejam iguais aos deles. Há ainda aqueles que tentam nos vencer pelo cansaço ou
chantagem emocional e, ainda outros que falam o tempo todo sobre mulher ou futebol
ou política ou religião entre outros temas. Para de ser chato! Diversifique-se!
Para finalizar, deixo aqui um pequeno
recado sobre sua intimidade. Lembre-se que nós transpiramos comunicação. Tudo o
que fazemos ou deixamos de fazer, meu amigo, comunica, pois somos um pequeno
exemplar do universo, assim como os demais seres. Tudo no universo comunica em
alguma linguagem. Logo tudo é comunicação, ora compreensível, ora não,
dependendo do endereçamento da mensagem e se o outro está apto para decodificar
a mensagem. Então, em meio a suas comunicações, tenha muito cuidado com o que
transmite, pois poderá, consciente ou não, estar causando algum dano a si ou
mesmo a outra pessoa. Também poderá estar dando ferramentas a um inimigo. Vigie
e policie-se! E, por fim, digo: encha-se de Deus para expressá-lo através das
ações e expressões de amor.
Abraço e que Deus te abençoe sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário