Por MAGNO HOLANDA
Olá pessoal, vou
comentar aqui um pouco sobre o comportamento “ético” de nossas PSEUDOautoridades
e de alguns líderes sociais ou mesmo de parte da massa que é manipulada
facilmente. Vamos questionar nossa ética e como nos comportamos em relação
àquilo que pregamos ser o certo, além de pensar um pouco sobre nossas reais
intenções.
Lembro-me bem de um episódio em que uma “rapariga”
[no contexto cultural] chama a esposa de “rapariga”. Controverso isso, não é?
Mas para a “rapariga” não. Ela não se autoanalisava e ofendia com toda força
possível a esposa, declarando publicamente que era uma rapariga. Talvez esse
seja o comportamento “ético” que vivenciamos nos últimos dias.
A ética do jornalismo brasileiro é totalmente distorcida
do que acreditamos e do que ele mesmo prega. A reportagem, a opinião e a
“parcialidade” são vendidas e prostituídas o tempo todo. RAROS são os
profissionais que conseguem liberdade suficiente para DAR [não vender ou trocar]
SUA opinião, mas ainda assim cobram ética. Como assim?
Vamos lá. Qual é
mesmo o motivo das denúncias do Intercept contra Sérgio Moro? Seria revolta do
movimento político LGBT contra o governo Bolsonaro? Assim seria controverso,
pois estariam querendo o bem por meio ilícito, caindo numa antiética. Talvez
seja por que querem um país melhor. Mas utilizando atos criminosos, sem
questioná-los e criticá-los por isso? Onde reside a ética? Vou cobrar ética,
mas não tenho obrigação de oferecer ética também? Quero parcialidade, mas não
oferto. Que ética, hein?! A ética do Intercept e de outros é ética?
Os hackers não
fizeram o ato criminoso por que amam o Brasil ou outro sentimento bom. Por
dedução ou inferência da realidade, acreditamos que foi um serviço comprado.
Mas por quem? Políticos condenados ou indiciados pela lava Jato? Por movimento
que está em desavença política com o atual governo? Ou pelo site que assim
teria audiência e mídia destaque? Qual o interesse obscuro? Por que eles cobram
ética sem comportar-se eticamente?
Aqui no Brasil, a
fonte é protegida, mas isso dá margem para que possamos caluniar quem quer que
seja e alegar que foi uma denúncia. Mas a Fonte é protegida por lei. A fonte
deve ser ouvida e apresentar as devidas provas. Isso sim é ético. Aí nos
perguntamos: qual o limite da liberdade? Será que estamos confundindo liberdade
com libertinagem? E a responsabilidade? Só os denunciados é quem devem ser
responsabilizados em função das denúncias? E se elas forem falsas, quem será
responsabilizado? Ninguém? Isso é justo e ético? Como posso cobrar justiça,
parcialidade e ética, sem ofertá-las? A
fonte tem de apresentar as provas e se necessário ser revelada para que seja um
processo justo e ético querendo justiça e ética.
O que há por trás
disso? Não sabemos bem, mas vimos que houve, por exemplo, a aprovação, na Câmara
dos deputados, da lei de abuso de autoridade, escondida nesse alvoroço todo. Ou
seja, bandidos se protegendo. Isso é grave e antiético. Qual foi mesmo o site
que deu destaque a isso? Nenhum? Então não estão querendo ética? O que querem
de fato? Velhos políticos envolvidos em escândalos de corrupção e seus
defensores querem acabar com a Operação Lava Jato. Isso é ético e justo? Não é
isso que estão reclamando? Olhe mais além. Os humanos são podres e diabólicos!
A ética do povo
brasileiro é desvirtuosa por natureza. Cobramos a ética do outro, mas nunca de
si mesmo. Vendemos, trocamos e prostituímos o voto, elegemos e reelegemos
bandidos, mas vivemos querendo um país melhor, digno e ético. Como assim? Mas
especificamente nesse caso, não é o povo, a maioria, que cobra ética e justeza
de Sérgio Moro, mas um pequeno grupo de militantes políticos, políticos desonestos
ou sob investigação e jornalistas sem ética. Eles não deveriam dar exemplo para
cobrar? Ou eles têm licença para ser antiético? É ético fazer uma denúncia sem
mostrar os originais e sua fonte? O povo está a favor de quem? Façam uma
pesquisa. Isso está parecendo a comissão de ética que é gerida por corruptos.
Por que pouco se
fala do ato criminoso? O ato atribuído ao juiz Sérgio Moro é no máximo interpretativo
em que uns alegam que houve um comportamento manipulador, outros de ato
antético e outro que não houve nada disso, mas sobre como foram adquiridos os
arquivos, ninguém tem dúvidas, então por que se dá ênfase ao primeiro e quase
ninguém fala do segundo? Isso é ético?
O que há de
criminoso na fala? As leituras que fiz não constam nenhum ato antiético ou
criminoso. Penso. Críticas ao MBL? O que há de antiético ou criminoso nisso?
Amantes, país e filhos de vez em quando se pegam fazendo críticas ásperas ou
não? Não o fazem empresários ou outros do setor público? Qual a intenção dessa
divulgação? Causar dissenção política nos adversários ou cobrar ética?
Ah, houve o caso
em que Moro critica uma colega de trabalho alegando que ela não é competente em
algum aspecto. Não fazemos isso o tempo todo no serviço público, privado ou
mesmo em nossos lares quando queremos sempre a execução do melhor?
Os fins justificam
os meios? Dizemos que não, mas abrimos exceção? Ou seja, essa ética vale para
uns, mas para outros não? Precisamos crescer, pois esse é um dos motivos pelo
qual o país não cresce. Somos na prática uma gentalha, pobre de espírito,
egoístas, hipócritas e doentes.
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